sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Antepassados de Luiza Maria de Jesus.

Francisco Ferreira Armond.( Tataravô )

De Vila de São Sebastião, Ilha Terceira,Açores para Vila de São Sebastião da Mata, Eugenópolis, Minas Gerais.

Francisco Ferreira Armond ou de Souto ,filho de Gaspar de Souto Mayor(ou Andrade) e Margarida das Candeyas Machado.Teve como avós paternos Manoel da Ponte Valadão e Maria da Costa Bernardes.Nasce ele em 1697 e com 25 anos chega a Minas Gerais.Já casado com Ângela Maria da Conceição Camelo,filha de Bento Faleiro e Francisca Nunes.Casaram-se em 25/01/1721,em Angra do Heroísmo,Vila de São Sebastião.
Pertencia ele às Irmandades do Santíssimo e à das Almas.Deve ter vindo para São João Del Rei atrás das riquezas da mineração.Já em 1750,esta já estava em declínio e suas atividades principais econômicas eram o comércio e o transporte de tropas.Trabalhava com seus filhos.Morava à beira do Caminho Novo e os bens que tinha eram: três partes de um sítio ,casa de vivendas,senzala e um moinho.
Quando de sua morte as recomendações de seu testamento mostram uma pessoa de distinção e posses. Mandou que lhe fossem rezadas missas em São João Del Rei e no Rio de Janeiro e que dessem esmolas no valor de $640 réis em cada missa.
Com Ângela , sua primeira esposa, teve 6 filhos: Maria Vicencia de Jesus,Manoel Ferreira Armond,Vicente Ferreira Armond,Francisco Ferreira Armond,Anna Maria de Jesus,José Ferreira Armond . Ela faleceu em 1747 e ele se casou novamente ,mas não teve filhos. Seus bens foram divididos entre com a viúva e seus filhos.Manoel Ferreira Santos ,esposo de sua filha mais velha ,Maria Vicencia, se tornou o tutor deles.Seu segundo filho ,Manoel Ferreira Armond ,posteriormente ,casou-se com Catharina Maria de Jesus.O terceiro, Vicente era solteiro e tinha 16 anos.Seu filho Francisco tinha 14 anos e depois casou-se duas vezes.Com a primeira esposa Ritta Maria da Conceição não teve filhos ,já com a segunda ,Felizarda Maria Francisca de Assis,teve 12.Sua filha Ana Maria de Jesus ,11 anos , mais tarde ,casou-se duas vezes.Com Pedro Paiva Coimbra,em 1753,e com ele teve dois filhos ,e com Francisco Pereira da Cunha ,em 1756,teve 12 filhos.Seu filho mais novo,José ,9 anos,se casou em 1772 ,com Anna Maria de Jesus e depois com Anna Antonia de São José e não teve filhos.
Ele tinha uma propriedade com pequenos animais, para subsistencia,porcos e cabras.Quatro cativos e um feitor.
Quando de sua morte seu filho Manoel conduzia a tropa formada por oito bestas. Seus gastos e lucros foram juntados ao inventario.Entre as coisas que comprou no Rio de Janeiro para serem vendidas em Minas Gerais constam linhas,fitas,sapatos,bombachas,roupas,vinagre e sal,etc...
Parece uma história muito comum ,mas preparem-se para o que virá.
Na próxima edição falaremos dos filhos de Francisco .

Consultas:
1-Inventario de Francisco Ferreira Armond. (Alferes )
2-Inventario de Ana Maria de Jesus.
3-Inventario de Francisco Ribeiro Nunes.
4-Campos em Disputa-História Agrária e Companhia .De Elione Silva Guimarães e Márcia Maria Menendes Motta (orgs.)
Editora Annablume – www.annablume.com.br
5-Pesquisas Cartoriais.
6-História dos Açores - Wikipédia, a enciclopédia livre
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_dos_A%C3%A7ores

“Com efeito, desde 1617 que a colonização do estado autónomo do Maranhão, Pará e Ceará se tinha iniciado com a ida de centenas de casais açorianos, numa fuga à fome e à miséria. Ocupavam áreas em conformidade com os interesses portugueses para colonizar o interior. Registros açorianos dão conta dos embarques com listas de casais. Motivados pelas difuculdades nas ilhas São Miguel e Santa Maria (orientais), Terceira, São Jorge, Graciosa, Pico e Faial (centrais), Flores e Corvo (ocidentais) partiram muitos, em busca de terra e trabalho nos primeiros embarques para o norte e nordeste brasileiro. Há registros nas datas de sesmarias de centenas de colonos Açorianos da Ilha de São Miguel, Santa Maria, Terceira, da Ilha da Madeira e da Província de Algarves que receberam terras no interior do Ceará, Maranhão e Pará ( 1680 a 1752). Os Documentos com registros dos embarques dos casais Portugueses para o Brasil, com o objetivo principal de povoação, revelam apenas os emigrantes legais, entretanto há relatos de dezenas de clandestinos em cada embarque.
Mais tarde, é a própria Coroa que promove, a partir de 1670, a emigração de açorianos para o sul do Brasil, nomeadamente para Santa Catarina, Nossa Senhora do Desterro, Porto Alegre e São Pedro do Rio Grande. Esta emigração, mais do que movida por questões humanitárias, era fundamentalmente ditada pela necessidade que Portugal sentia em ocupar efectivamente um território cobiçado pelas grandes potências europeias da altura, entre as quais se incluíam a Espanha, a Holanda e a França.
Esta emigração, caracterizada pela procura de zonas insulares e lacustres e pela implantação de zonas urbanas viradas para o interior, prolongou-se até ao século XIX e exigiu, naturalmente, um esforço por parte dos armadores marítimos de maneira a que se pudessem organizar carreiras regulares entre o Brasil e os Açores.”

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